Entenda o que fazer em caso de para-brisa trincado e descubra se é necessário trocar a peça sempre que algo acontecer.
Sabe aquela pedrinha que surge do nada? E aquela chuva de granizo rápida? Ou ainda, aquele choque térmico quando o carro fica sob o sol e você liga o ar condicionado? Pois é, tudo isso pode render um belo para-brisa trincado!
Após algum evento desse tipo passar despercebido, você nota um risquinho no vidro e pensa: “ah, tá tudo bem, não é nada grave!”.
E é aí que mora o perigo!
Afinal, além de prejudicar a visibilidade e colocar em risco sua integridade, o para-brisa trincado pode resultar em multa e apreensão do veículo.
Então, para não cair nessa cilada, confira este artigo até o final e saiba o que fazer quando aquela primeira trinquinha surgir.
Dá para consertar um para-brisa trincado?
Para começar, você precisa saber que quando a trinca está em uma faixa periférica de 2,5 centímetros das bordas, o para-brisa deve ser substituído, obrigatoriamente. Entretanto, caso o dano ocorra em outras regiões da peça, o reparo é permitido.
No entanto, formado por três camadas, o vidro só pode ser consertado se a lâmina externa do material for a única danificada.
Em adição, o dano no para-brisa não pode estar no campo de visão do motorista e apenas tricas do tamanho máximo de uma moeda de R$ 1,00 e rachaduras de até 20 centímetros podem ser restauradas.
Ao perceber o menor indício de trinca, é recomendado fixar um selo-reparo ou um adesivo simples sobre o arranhão (do lado de fora e de dentro).
Isso impedirá a entrada de impurezas e evitará que a fenda aumente de tamanho.
Porém, não perca tempo!
Fazer o reparo o quanto antes aumenta as chances da recuperação ser bem sucedida. Procure logo um local especializado para verificar a gravidade do problema!
E como é feito o conserto do para-brisa trincado?
Tão logo um especialista avalie e identifique a possibilidade de reparo, o para-brisa é submetido a um processo de polimento. O objetivo do método é evitar a substituição do vidro, mantendo a originalidade do veículo e reduzindo os gastos.
No caso de trincas — do tipo estrela, olho de boi e mista — a recuperação previne que a fissura se expanda. Além disso, a aparência do vidro melhora em até 95%.
De maneira resumida, o polimento acontece do seguinte modo:
- Retira-se, a vácuo, todo o ar de dentro da trinca;
- Na sequência, ocorre a injeção de pressão e o preenchimento da abertura com uma resina específica;
- Em seguida, é utilizada uma lâmpada que emite raios ultravioletas para acelerar a secagem dessa solda permanente;
- Por fim, é realizada uma raspagem — polimento — do excesso de resina e é feita a limpeza do vidro.
Em geral, o processo completo dura de 30 minutos a 1 hora.
Será que técnicas alternativas funcionam?
Obviamente, as famosas “gambiarras” não são indicadas por nenhum profissional que se preze. Todavia, sabemos que muitas vezes as circunstâncias dificultam que o procedimento correto seja realizado, não é mesmo?
Nesses casos, o jeito é recorrer às técnicas alternativas que podem funcionar como um paliativo quando o para-brisa é trincado.
Se utilizadas apenas de forma provisória elas até podem apresentar um resultado satisfatório. Contudo, vale frisar que se o veículo for submetido a inspeções de trânsito, você provavelmente terá problemas.
Além, é claro, da sua segurança não estar sendo integralmente preservada.
Dito isso, vejamos algumas das técnicas mais populares.
Goma caseira
Em um recipiente, misture:
- 01 Colher de sopa de sal;
- 01 Colher de chá de repelente de insetos;
- ½ Xícara de água;
- 01 Colher de sopa de álcool isopropílico.
Após mexer muito bem, molhe uma esponja na solução, passe-a sobre a rachadura e aguarde alguns minutos. Assim que o líquido secar, repita o processo. Conforme a mistura se acumula na fresta, ela vai sendo preenchida.
Para finalizar, retire o excesso com um pano seco.
Cola instantânea
A segunda dica é mais prática, pois basta comprar uma cola instantânea em qualquer supermercado e preencher a trinca. A fim de obter um bom acabamento, limpe os excessos com removedor, esfregando um pano sobre o vidro.
Adesivo ultravioleta
Encontrada em lojas de artesanato e materiais de construção, a substância pode ser aplicada bem como a cola instantânea. A grande vantagem, no entanto, é que após a secagem, o adesivo não fica amarelado.
Conheça 3 riscos de trafegar com o para-brisa trincado
Embora algumas pessoas acreditem que o perigo oferecido por um para-brisa trincado é mínimo, as coisas não são bem assim.
Por isso, elencamos três perigos que você pode estar correndo!
1. A peça pode se soltar do veículo
Não seria nada fora do comum se você estivesse andando com seu para-brisa trincado por aí e o vidro se soltasse por completo do carro. Além dos estilhaços caírem sobre você, isso ainda poderia causar um grave acidente.
2. O barato pode sair caro
Sabe aquele famigerado “barato que sai caro”? Pois é, caso demore muito para realizar a manutenção do para-brisa, aquele risquinho pode se transformar em um rombo.
Inclusive, no bolso!
Isso porque, devido às trepidações do carro ao longo do tempo, a fenda continuará se abrindo, agravando, e muito, a situação.
3. Você pode ser multado e o carro apreendido
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, são permitidos no máximo dois danos no para-brisa. Como se não bastasse, os seguintes limites precisam ser respeitados:
- Trincas não devem exceder os 10 centímetros de comprimento;
- Fraturas de configuração circular não podem ser superiores a 4 centímetros de diâmetro.
Não havendo atendimento às exigências, o valor da multa é de R$ 195,23. Além disso, a infração ainda soma cinco pontos na Carteira de Habilitação (CNH) e tem como medida administrativa a apreensão do automóvel.
Saiba como proteger seu para-brisa
Mas como cuidar adequadamente do seu carro e evitar que seja necessário o reparo do para-brisa?
Para tanto, é imprescindível que seu veículo seja avaliado, periodicamente, por especialistas e que você esteja atento ao menor sinal de danificação.
Identificando qualquer avaria, a manutenção ou troca do para-brisa — se for o caso — deve ser realizada o mais rápido possível.
Outro aspecto crucial que deve ser levado em consideração é a proteção do vidro contra as intempéries. Dificultando, assim, a aderência de poeira e pedriscos.
Uma opção muito vantajosa é a cristalização de para-brisas. O processo apresenta efetiva ação anti-aderente, reduzindo a quantidade de gotículas d’água durante chuvas intensas.
A técnica promove maior segurança e conforto ao dirigir, tendo em vista que favorece a visibilidade, protege contra manchas de oleosidade e sujeira e repele a água, “aliviando” o trabalho dos limpadores de para-brisas.
De tal modo, não negligencie sua segurança e a segurança de quem você ama e anda ao seu lado!
Faça a cristalização de para-brisas e proteja mais seu veículo e, principalmente, sua vida!